Um novo velho Holmes.
Os clássicos livros de Sir Artur Conan Doyle marcaram o mundo, com dois dos mais conhecidos personagens da cultura mundial de todos os tempos: O detetive Sherlock Holmes e seu ajudante, John Watson. A frase " Elementar meu caro Watson " é uma das mais conhecidas das muitas já proferidas. Na década de 40, vários livros de Doyle foram fielmente adaptados para o cinema, e as características dos personagens, as aventuras vividas, todas, foram mudadas muito pouco, quase nada. O filme de 2009, entretanto, não se prende a adaptar e reproduzir com fidelidade as já consagradas aventuras do século IXX. O objetivo é criar novos personagens, transformar as histórias mais paradas em aventuras , com muita ação. Fazer de um personagem sério como Sherlock Holmes um herói de blockbuster, pegando suas caracteríscas mais "agitadas" - como a prática de boxe, conhecimentos em artes marciais - misturando com um pouco do persoangem original e dando origem à um novo Holmes, preparado para satisfazer os bolsos dos produtores e entreter milhões de espectadores.
Ora, cobrar fidelidade à obra original seria pedir um gosto doce de um prato de macarronada. Aqueles que reclamarem por conta disso, estão por fora do contexto do filme. Não é apenas mudar por mudar. É recriar um personagem sob a ótica de um cineasta talentosíssimo. Guy Ritchie - que surgiu fazendo filmes de gângster e se estagnou por ali, não evoluindo para nenhum outro gênero - tem técnica de sobra e é um diretor clipeiro, ágil, contemporâneo. Por isso, acredito que há uma semelhança entre Sherlock Holmes e o novo Star Trek. Mesmo que a qualidade dos dois seja muito díspar, os dois tem o mesmo objetivo : Recriar um universo consagrado.
Os clássicos livros de Sir Artur Conan Doyle marcaram o mundo, com dois dos mais conhecidos personagens da cultura mundial de todos os tempos: O detetive Sherlock Holmes e seu ajudante, John Watson. A frase " Elementar meu caro Watson " é uma das mais conhecidas das muitas já proferidas. Na década de 40, vários livros de Doyle foram fielmente adaptados para o cinema, e as características dos personagens, as aventuras vividas, todas, foram mudadas muito pouco, quase nada. O filme de 2009, entretanto, não se prende a adaptar e reproduzir com fidelidade as já consagradas aventuras do século IXX. O objetivo é criar novos personagens, transformar as histórias mais paradas em aventuras , com muita ação. Fazer de um personagem sério como Sherlock Holmes um herói de blockbuster, pegando suas caracteríscas mais "agitadas" - como a prática de boxe, conhecimentos em artes marciais - misturando com um pouco do persoangem original e dando origem à um novo Holmes, preparado para satisfazer os bolsos dos produtores e entreter milhões de espectadores.
Ora, cobrar fidelidade à obra original seria pedir um gosto doce de um prato de macarronada. Aqueles que reclamarem por conta disso, estão por fora do contexto do filme. Não é apenas mudar por mudar. É recriar um personagem sob a ótica de um cineasta talentosíssimo. Guy Ritchie - que surgiu fazendo filmes de gângster e se estagnou por ali, não evoluindo para nenhum outro gênero - tem técnica de sobra e é um diretor clipeiro, ágil, contemporâneo. Por isso, acredito que há uma semelhança entre Sherlock Holmes e o novo Star Trek. Mesmo que a qualidade dos dois seja muito díspar, os dois tem o mesmo objetivo : Recriar um universo consagrado.
As mudanças já são observadas nas características dos dois personagens principais. O Sherlock original era um inglês sério, com um semblante calmo, o padrão do detetive. O novo é muito mais descontraído, descabelado, age muito mais em lutas, e está muito mais moderno. Ainda há, claro, suas ótimas características clássicas, como o fato de ser extremamente detalhista e dedutor. Inflando essa faceta do personagem, ele se torna muito mais cool e bastante interessante. Watson, por sua vez, que era um ajudante mais atrapalhado , agora é quem de certo modo segura a coleira de Holmes. Um novo olhar sobre os personagens, um olhar por sinal, interessantíssimo.
Na trama do filme , a dupla consegue capturar Lord Blackwood, um criminoso que sacrificava jovens mulheres, e sendo preso, ele é condenado a morte. Mas ele misteriosamente ressucita, e começa a por em ação um plano mais perigoso. Enquanto isso ocorre, Holmes se depara também com uma antiga ladra , Irene Adler(Rachel McAdams), que entra em seu caminho diversas vezes durante a investigação.
O roteiro de diálogos e falas é sublime. São falas rápidas, inteligentes do modo ágil que são aplicadas. Outra marca de Ritchie, que apesar de não escrever o roteiro, já falou que deu uma mudadinha no que estava no script junto com os atores . O roteiro estrutural em si, é interessante por um lado. A história não é contada no início da carreira da dupla. Muito pelo contrário, ela começa num período de ruptura , já que Watson está perto de seu casamento , vai se mudar de casa e parar de se aventurar com Holmes.
Entretanto, o resto não vai muito além do comum. Toda a base da história, que se alicerça em geral num mistério, não é a das mais inovadoras. Tudo bem, isso já era de se esperar, mas alguns escorregões na hora de desenvolve-la são feios . Não há um certo mistério em si. Há um vilão, que precisa ser detido, custe o que custar. O mistério está nas artimanhas que o vilão usa para se safar. Mas essas artimanhas já são, para aqueles que conhecem as desculpas dadas em filmes, conhecidas. Pelo menos eu, já sabia. Outro problema é o roteiro explicadinho demais, pelo próprio protagonista. É uma das marcas de Holmes, sem dúvida, mas na situação do filme, fica meio artificial. Além disso, o modo como Holmes detecta as pistas e como as revela não são convencionais, e não caem bem, principalmente num filme que tenta estampar a "modernidade" na cara. Já o resto, é muita ação, aventura e todo o resto. Meio dispensável nesse sentido.
Na direção, Ritchie demosntra segurança, e não perde em momento nenhum as rédeas do filme. Dirige muito bem, com alguns takes mais diferenciados, e alguma lembrança distante de seu hip-hop montage já usado em Snatch.Em alguns momentos, utuliza uma câmera mais padrão, como nos cortes das cenas de ação. Mesmo assim, em um outro corte nessas cenas, ele poe bons takes em locais interessantes. A câmera lenta, utilizada em duas ou tres sequencias do filme, é realmente interessante, visualmente ótima. Mas parece que virou moda usá-la depois que Zack Snyder fez, já que até James Cameron usou em seu Avatar.
A parte técnica me surpreendeu um pouco. A trilha do genial Hans Zimmer está estranha, mais enlatada até, escancaradamente inferior ao trabalho que fez em Batman por exemplo. A fotografia é boa, só peca nos momentos de maior escuridão. De resto, nos introduz numa Londres bem suja, e contribui na modernizada que o filme pretendia.
Sherlock Holmes perde muito, portanto, ao tentar fazer dinheiro e não disperdiçar essa chance por nada. A trama tem de ser explicada, uma continuação tem de ser feita, e tudo isso reduz o filme praticamente a um caça-níqueis de ação, que tinha muito mais potencial para ser desenvolvido. Sobram a direção e as boas atuações de Downey Jr. e Law. Mas Sherelock Holmes ainda tem utilidades fora da tela. Coloca o talentoso Guy Ritchie fora do seu carma criminoso, em outra atmosfera, agora testando orçamentos altos.
3 estrelas ***
O roteiro de diálogos e falas é sublime. São falas rápidas, inteligentes do modo ágil que são aplicadas. Outra marca de Ritchie, que apesar de não escrever o roteiro, já falou que deu uma mudadinha no que estava no script junto com os atores . O roteiro estrutural em si, é interessante por um lado. A história não é contada no início da carreira da dupla. Muito pelo contrário, ela começa num período de ruptura , já que Watson está perto de seu casamento , vai se mudar de casa e parar de se aventurar com Holmes.
Entretanto, o resto não vai muito além do comum. Toda a base da história, que se alicerça em geral num mistério, não é a das mais inovadoras. Tudo bem, isso já era de se esperar, mas alguns escorregões na hora de desenvolve-la são feios . Não há um certo mistério em si. Há um vilão, que precisa ser detido, custe o que custar. O mistério está nas artimanhas que o vilão usa para se safar. Mas essas artimanhas já são, para aqueles que conhecem as desculpas dadas em filmes, conhecidas. Pelo menos eu, já sabia. Outro problema é o roteiro explicadinho demais, pelo próprio protagonista. É uma das marcas de Holmes, sem dúvida, mas na situação do filme, fica meio artificial. Além disso, o modo como Holmes detecta as pistas e como as revela não são convencionais, e não caem bem, principalmente num filme que tenta estampar a "modernidade" na cara. Já o resto, é muita ação, aventura e todo o resto. Meio dispensável nesse sentido.
Na direção, Ritchie demosntra segurança, e não perde em momento nenhum as rédeas do filme. Dirige muito bem, com alguns takes mais diferenciados, e alguma lembrança distante de seu hip-hop montage já usado em Snatch.Em alguns momentos, utuliza uma câmera mais padrão, como nos cortes das cenas de ação. Mesmo assim, em um outro corte nessas cenas, ele poe bons takes em locais interessantes. A câmera lenta, utilizada em duas ou tres sequencias do filme, é realmente interessante, visualmente ótima. Mas parece que virou moda usá-la depois que Zack Snyder fez, já que até James Cameron usou em seu Avatar.
A parte técnica me surpreendeu um pouco. A trilha do genial Hans Zimmer está estranha, mais enlatada até, escancaradamente inferior ao trabalho que fez em Batman por exemplo. A fotografia é boa, só peca nos momentos de maior escuridão. De resto, nos introduz numa Londres bem suja, e contribui na modernizada que o filme pretendia.
Sherlock Holmes perde muito, portanto, ao tentar fazer dinheiro e não disperdiçar essa chance por nada. A trama tem de ser explicada, uma continuação tem de ser feita, e tudo isso reduz o filme praticamente a um caça-níqueis de ação, que tinha muito mais potencial para ser desenvolvido. Sobram a direção e as boas atuações de Downey Jr. e Law. Mas Sherelock Holmes ainda tem utilidades fora da tela. Coloca o talentoso Guy Ritchie fora do seu carma criminoso, em outra atmosfera, agora testando orçamentos altos.
3 estrelas ***
Meu caro, estou fascinado por suas resenhas e estilo. DIVULGUE MAIS SEU ESPAÇO AQUI, NÃO SE ESCONDA. Parabéns, te sigo!
ResponderExcluirBrigadão cara, valeu mesmo!
ResponderExcluirNós aqui somos dois, Gabriel e Joaquim. Temos 14 anos. E escrevemos pro Fotograma Digital também, caso se interesse rs
A do Sherlock, foi o Joaquim que escreveu. Eu, Gabriel, escrevi a do Psicopata Americano e Cães de Aluguel, por exemplo. Continuaremos cobrindo os lançamentos! Abração.
www.blogfotogramadigital.blogspot.com
PS.: Uma dica: Pra saber quem escreve é fácil. O Joaquim põe as estrelas DEPOIS de escrever. Ex: 3 Estrelas ***. Eu coloco *** 3 Estrelas.
Vou ler o resto dos arquivos, sério: saí lendo tudo, o estilo daqui e o cuidado com a escrita é fundamental, parabéns!
ResponderExcluirah, se puderem, conheçam meu blog e sejam seguidores, ficarei grato com o retorno, abs
Estamos seguindo Cristiano! Abraços
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