Old School Nerds

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Verdade Nua e Crua

Gerard Butler e mais uma comédia romântica desnecessária.

É incrível a insitencia dos produtores de Hollywood em criar novas comédias românticas todos os anos, mudando apenas os atores (e algumas vezes nem tendo a decência de fazer isso, como em Eu odeio o Dia dos Namorados, de 2009)e os assuntos, por que do resto, já sabemos tudo, tendo uma vidência sem precedentes com esses filmes. Resta-nos a rir de algumas piadas e ponto.

A Verdade Nua e Crua, portanto, não tem os requisitos básicos para fazer nem rir, pelo menos não para alguem inteligente. Os motivos desse desagrado são muitos, a começar pela trama fraca e uma das mais previsíveis que já vi. A bela Katherine Heigl interpreta Abby Richards, a produtora de TV bem sucedida, que tem conselhos para seus coordenados quando ficam nervosos e tem o controle de tudo sobre seu programa. Porém, quando o calhorda mulherengo Mike Chadway( Gerard Butler) é contratado por sua emissora, ela precisa lidar da melhor forma possível com esse homem que fala do que os homens gostam, e como a cabeça masculina funciona. A partir dessa premissa, podemos pensar no que o filme poderia inovar- mas não inovou.

Um dos diferenciais que esperava com minha pobre ilusão era o desligamento amoroso completo dos protagonistas, apenas com as dicas de relacionamento dele, ajudando ela. Entretanto, o filme cai nos clichês românticos, com descobertas, desencontros entre os protagonistas.Você muito provavelmente já deve ter visto isso antes, algumas...milhares de vezes. Não os culpo. Realmente, se tratando de uma comédia romântica que já nasce fraca, que visa apenas dinheiro e nem um pouco de arte, seria idiotice minha querer algo profundo de um filme desses. Mas pelo menos um diferencial, algo que fosse mais a comédia, e restringisse o romance apenas ao assunto principal não seria pedir demais.

Aliás, o fator cômico dessa ''comédia'' está em baixa. Não que as piadas não sejam boas. Elas são até razoáveis, com boas tiradas, mas a falta de inteligencia dos organizadores do filmes desmoronam um possível ponto positivo. Todas as piadas e tiradas mais criativas ou menos iguais ao resto já tinham sido mostradas no trailer. E pior: Praticamente na ordem que aparecem no filme. Ouso a dizer que o filme é o trailer , com cenas excluídas mais longas e com um desfecho. Pra resumir, o único ponto que esboçei um sorriso foi num momento de humor físico meia boca de Katherine Heigl. Ah, ri outras vezes no filme também. Mas foi por causa da falta de competencia e originalidade dos criadores dele.

O diretor, por exemplo, não consegue imprimir seu ritmo é realmente imcompleto. Logo de início, na primeira cena interna do filme(no escritório da emissora), ele começa a girar a câmera em volta dos personagens, com o objetivo de dar dinâmica na cena e fazer os espectadores entrarem no ritmo filme. Ele, no entanto,não consegue. A sensação que ele conseguiu me fazer sentir naquela sequencia foi algo semelhante a náuseas. Incompleto também, pois não consegue dirigir cenas mais agitadas, como uma mera dança. Os atores saem do enquadramneto da câmera, pela falta de habilidade do diretor em segui-los.

Sinceramente, as únicas duas coisas que conseguiram algo realmente positivo no filme para mim foram: A beleza de Katherine Heigl, e os créditos finais com a música Right Round. Essa música, por assim dizer, também não é original do filme. Já foi utilizada anteriormente nos maravilhosos créditos finais de Se Beber Não case. Essa sim é uma boa comédia.
1 estrela*

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