Remake demonstra bom resultado, com forte importância nos dias de hoje.
Ná década de 40, surgiram nos cinemas a fase dos ‘‘Monstros da Universal’’. Os vampiros, lobisomens e toda a gama de personagens gore tiveram seu apogeu nas telonas, e suas obras são, hoje em dia, considerados clássicos, e servem de base para a concepção de todos os personagens em questão. Entretanto, apesar da existências desses clássicos, várias obras bem recentes conseguiram desfigurar a cultura dos mosntros . Sim, pois sub-produtos como Crepúsculo nada mais são do que uma grande e feia cicatriz na face sangrenta de vampiros e lobisomens.
Não só por seu modo de contar história completamente avesso a boa e velha tradição, essas obras deturpam as características dos consagrados personagens . Ora, os lobisomens do filme Crepúsculo nada mais são do que grandes lobos, que surgiram a partir de mocinhos que adoram tirar a camisa. Graças a Deus, a história do cinema agora nos dá um alívio . Nessa geração onde reboots e remakes são concretizados aos baldes, a Universal decidiu ressuscitar seus velhos monstros, e o primeiro a ser lançado é O Lobisomem.
Logo ao ser confirmado, o longa gerou óbvia ansiedade. Com o elenco poderoso e competente contratado, as expectativas aumentaram muito. E tudo ia muito certo para a produção de Lobisomem. A única supresa negativa na espera pelo filme de Joe Johnston foi um problema na hora de editar o longa. Uma complicação na hora de definir qual seria o design do personagem (como ele se moveria) e alguns problemas na hora de monstar o longa fez os produtores recorrerem ao mestre da montagem(Walter Murch). Isso tudo 5 semanas antes da estréia mundial.
Entretanto, nenhum desses problemas é perceptível,e não atrapalha o andamento de Lobisomem. A trama, baseada na Inglaterra Vitoriana, conta a história de Lawrence Talbot(Benício Del Toro), um ator de teatro que retorna a mansão de seu velho pai (Anthony Hopkins) após o desaparecimento de seu irmão Ben, que era casado com a bela Gwen Conliffe( Emily Blunt). Quando chega, Lawrence recebe a notícia de que seu irmão foi encontrado já morto, em condições misteriosas. Ao tentar desvendar o caso, Lawrence se depara com a criatura e é mordido, dando continuação a estranha maldição que sua família sofre.
O roteiro não é uma pérola em criatividade no geral – A história é basicamente a clássica, e não poderia se esperar algo muito revolucionário aí – mas gera situações interessantes com seus personagens e consegue prender o espectador com um vigor e tanto. Isso se explica principalmente pela falta de enrolação que o filme nos mostra. Nada é introduzido pra encher a linguiça e ganhar tempo, como no ruim e recente Atividade Paranormal. A cada sequencia que desenvolve de maneira boa os seus personagens, há sequencias com o bicho, mutilando aos montes. Nada é colocado em excesso – a criatura aparece moderadamente na tela, pelo menos – e nada também falta. O único problema com o roteiro são algumas derrapadas nos clichês. Frases feitas e algumas passagens mais regurgitadas - principalmente com a personagem de Blunt – tiram uns pontos do filme.
A direção de Johnston é boa, mas não vai muito além disso. Captura tudo sem confundir o espectador, tem seus momentos mais modernos e estilosos. Mas isso são por alguns momentos. No resto, Johnston opta por um estilo mais padrão. Na ação, aliás, o diretor se mostra também muito a vontade, criando cenas ótimas . O filme, em si, poderia até ser comparado com a atuação do diretor – Nos envolve e nos faz apreciar, prova que é acima da média, mas não merece nota máxima.
A fotografia também agrada bastante, e merece uma comparação com outro filme que retrata a Inglaterra Vitoriana, mas de maneira mais moderna. Sherlock Holmes , que tem uma forografia ótima, e só deixa a desejar nos momentos de maior escuridão. O Lobisomem, por sua vez, tem um ponto melhor. Sua paleta, apesar de bela, é normal, não busca cores muito diferentes do tradicional. E não decepciona nos momentos escuros. Consegue mostrar tudo o que acontece nessas situações.
A edição é competente, prova de que a mão salvadora do experiente Walter Murch conseguiu consertar o que havia de pendente e dar qualidade vistosa no quesito. Já a trilha trabalha normalmente. Aumenta em momentos-chave de susto, e só. As atuações de Del Toro e Hopkins também contribuem muito. Talentosos, conseguem dar uma profundidade aos seus persongens e seguram de forma impressionante.
No final das contas, O Lobisomem se destaca por reeditar um clássico de maneira muito competente. Sua principal importância porém, é trazer a cultura dos monstros DE VERDADE de volta. Ver um homem-lobo estripando pessoas nos dias de hoje é sensacional. O Lobisomem pode não ser o filme gore de sua vida– e passa longe disso - mas ve-lo nos cinemas da atualidade é de um luxo imenso.
4 Estrelas **** Nota - 7,o
Ná década de 40, surgiram nos cinemas a fase dos ‘‘Monstros da Universal’’. Os vampiros, lobisomens e toda a gama de personagens gore tiveram seu apogeu nas telonas, e suas obras são, hoje em dia, considerados clássicos, e servem de base para a concepção de todos os personagens em questão. Entretanto, apesar da existências desses clássicos, várias obras bem recentes conseguiram desfigurar a cultura dos mosntros . Sim, pois sub-produtos como Crepúsculo nada mais são do que uma grande e feia cicatriz na face sangrenta de vampiros e lobisomens.
Não só por seu modo de contar história completamente avesso a boa e velha tradição, essas obras deturpam as características dos consagrados personagens . Ora, os lobisomens do filme Crepúsculo nada mais são do que grandes lobos, que surgiram a partir de mocinhos que adoram tirar a camisa. Graças a Deus, a história do cinema agora nos dá um alívio . Nessa geração onde reboots e remakes são concretizados aos baldes, a Universal decidiu ressuscitar seus velhos monstros, e o primeiro a ser lançado é O Lobisomem.
Logo ao ser confirmado, o longa gerou óbvia ansiedade. Com o elenco poderoso e competente contratado, as expectativas aumentaram muito. E tudo ia muito certo para a produção de Lobisomem. A única supresa negativa na espera pelo filme de Joe Johnston foi um problema na hora de editar o longa. Uma complicação na hora de definir qual seria o design do personagem (como ele se moveria) e alguns problemas na hora de monstar o longa fez os produtores recorrerem ao mestre da montagem(Walter Murch). Isso tudo 5 semanas antes da estréia mundial.
Entretanto, nenhum desses problemas é perceptível,e não atrapalha o andamento de Lobisomem. A trama, baseada na Inglaterra Vitoriana, conta a história de Lawrence Talbot(Benício Del Toro), um ator de teatro que retorna a mansão de seu velho pai (Anthony Hopkins) após o desaparecimento de seu irmão Ben, que era casado com a bela Gwen Conliffe( Emily Blunt). Quando chega, Lawrence recebe a notícia de que seu irmão foi encontrado já morto, em condições misteriosas. Ao tentar desvendar o caso, Lawrence se depara com a criatura e é mordido, dando continuação a estranha maldição que sua família sofre.
O roteiro não é uma pérola em criatividade no geral – A história é basicamente a clássica, e não poderia se esperar algo muito revolucionário aí – mas gera situações interessantes com seus personagens e consegue prender o espectador com um vigor e tanto. Isso se explica principalmente pela falta de enrolação que o filme nos mostra. Nada é introduzido pra encher a linguiça e ganhar tempo, como no ruim e recente Atividade Paranormal. A cada sequencia que desenvolve de maneira boa os seus personagens, há sequencias com o bicho, mutilando aos montes. Nada é colocado em excesso – a criatura aparece moderadamente na tela, pelo menos – e nada também falta. O único problema com o roteiro são algumas derrapadas nos clichês. Frases feitas e algumas passagens mais regurgitadas - principalmente com a personagem de Blunt – tiram uns pontos do filme.
A direção de Johnston é boa, mas não vai muito além disso. Captura tudo sem confundir o espectador, tem seus momentos mais modernos e estilosos. Mas isso são por alguns momentos. No resto, Johnston opta por um estilo mais padrão. Na ação, aliás, o diretor se mostra também muito a vontade, criando cenas ótimas . O filme, em si, poderia até ser comparado com a atuação do diretor – Nos envolve e nos faz apreciar, prova que é acima da média, mas não merece nota máxima.
A fotografia também agrada bastante, e merece uma comparação com outro filme que retrata a Inglaterra Vitoriana, mas de maneira mais moderna. Sherlock Holmes , que tem uma forografia ótima, e só deixa a desejar nos momentos de maior escuridão. O Lobisomem, por sua vez, tem um ponto melhor. Sua paleta, apesar de bela, é normal, não busca cores muito diferentes do tradicional. E não decepciona nos momentos escuros. Consegue mostrar tudo o que acontece nessas situações.
A edição é competente, prova de que a mão salvadora do experiente Walter Murch conseguiu consertar o que havia de pendente e dar qualidade vistosa no quesito. Já a trilha trabalha normalmente. Aumenta em momentos-chave de susto, e só. As atuações de Del Toro e Hopkins também contribuem muito. Talentosos, conseguem dar uma profundidade aos seus persongens e seguram de forma impressionante.
No final das contas, O Lobisomem se destaca por reeditar um clássico de maneira muito competente. Sua principal importância porém, é trazer a cultura dos monstros DE VERDADE de volta. Ver um homem-lobo estripando pessoas nos dias de hoje é sensacional. O Lobisomem pode não ser o filme gore de sua vida– e passa longe disso - mas ve-lo nos cinemas da atualidade é de um luxo imenso.
4 Estrelas **** Nota - 7,o
Nenhum comentário:
Postar um comentário