Outro olhar aos zumbis - Comprovando de que estão mais vivos do que nunca !
Filmes de Zumbi são hoje em dia um sub-gênero formado : Tem uma grande variedade e tipos de criações, com um mestre sagrado responsável por sua criação : George A. Romero. Indo desde o terror concretizado até a comédia, poderia dizer que Zumbis são um gênero em si, e não um derivado. Os grandes responsáveis por isso são os vários diretores e roteiristas que fazem questão de inovar sempre a trama, criandos resultados finais brilhantes . Zumbilândia ,é , com certeza, uma das provas concretas de que os Zumbis estão bem vivos - e não erram nos seus filmes.
A história de Zumbilândia é bem simples, porém longe de simplória ou fuleira . Conta com vários recursos modernos e interativos para contar sua trama, e isso se encaixa muito bem, dando uma áurea muito mais original a um filme que podia ser vendido como diversão barata apenas. E ele está a quilômetros, muitos quilômetros de distância disto. Como todo o filme de zumbi, fala sobre um infestação de um vírus por todo o mundo, mas aqui o foco é nos EUA. Porém, diferente de um Madrugada do Mortos, remake de Zack Snyder do clássico antigo de Romero, Zumbilândia não vai ao drama de quem fica vivo e isolado, - o ponto dos filmes de Romero - mas procura um meio muito mais cômico e sacana de mostrar os zumbis. Desde as imagens até a refêrencia dos personagens que passam pela tela apenas segundos. Mas também não é como Shawn of The Dead, do inglês Edgar Wright . O clima de Shawn of the Dead é de comédia? Sim. Mas vai mais além, pois tem um ponto dramático maior e mais intenso. O mérito do filme de Ruben Fleischer não é superar a genial obra inglesa - até por que não supera - mas abordar de uma forma muito descarada esse tema.
Toda a técnica também contribui para essa didática animada e engraçada do filme . Os créditos iniciais são em câmera lentíssima de alta definição, e mostram cenas cotidianas do universo zumbi : Casamentos, Fugas com crianças e muito sangue e tripas balançando lentamente causando gargalhadas incontáveis na platéia. Fora isso, Fleischeir não faz muito além do normal.Dá pra falar que o estreante poderia ter feito mais . Sua maneira de contar histórias não é ruim. Não perde nada, utiliza cortes rápidos , mas não vai além da barreira do muito bom. Takes mais ousados não seria pedir demais, mas considerando que é seu primeiro trabalho, podemos dizer que está mais que perfeito. Toda a equipe por trás das câmeras também trabalha com louvor . A edição está perfeita, e a trilha sonora deixa o filme com um patamar cool como poucos.
Mas , falando a verdade, tudo isso citado acima está de certo modo ofuscado pelo marvilhoso roteiro da dupla Paul Wernick e Rhett Reese . A história aborda o nerd nominado apenas como Columbus (Jesse Eisenberg) que diz desde o principio que só conseguiu sobreviver ao mundo repleto de zumbis comedores de carne humana respeitando a suas regras. Tirada genial da espirituosa dupla. Toda a introdução mostra por que devemos respeita-las .E essas famigeradas regras são sensacionais. Básicas na sobrevivencia no mundo zumbi, e algumas já até conhecidas do público acostumado com filmes de zumbi. Depois disso, nos mostra como o protagonista conhece Tallahassee(Woody Harelson) um bad -ass que tem como dom matar zumbis. Se unem para seguir viagem adiante até o leste . Nesta viagem, acabam encontrando as irmãs Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), em situações peculiares , e elas se unem a dupla.
O roteiro estrutural é muito bem criado por sua simplicidade . O grupo que se forma está muito mais preocupado em matar zumbis e fugir deles com piadas inteligentes do que ter um drama mais aprimorado nas suas relações.Sobram maneiras interessantes de se explorar o tema :Usar armas exóticas(como um cortador de grama), roubar carros abandonados, esmigalhar zumbis e falar sobre isso sem pudor de pegar uma censura rated R . Junto a isso, temos a maneira genial de apresentar as situações engraçadas sob narração em off de Columbus. E o filme cria , de um modo nada forçado, seu próprio universo - O fato dos protagonistas se conhecerem apenas pelos nomes dos lugares aonde se destinam, não por seus nomes reais, para evitar a intimidade em demasia, sedimenta a situação psicológica que os vivos estão . Os títulos de morte de zumbi da semana e os vícios dos personagens só reafirmam isso - algo deveras bem elaborado. É preciso, claro, citar uma das passagens mais engraçada do filme : A parte em que aparece Bill Murray. É roteiro inteligente que nos faz pensar "Como nenhum cineasta não pensou nisso antes ?" É nessa passagem aliás, que se concentram as maiores referencias pop do filme.
E a construção de personagens ajuda bastante também. O personagem Columbus nos dá uma familiaridade enorma, e a identificação com ele é instântanea. O modo familiar vem provavelmente da semelhança com Michael Cera(quase gêmeo do protagonista), e seu modo nerd de ser . Talahasse também é carismático ao extremo, e a atuação majestral de Harelson só constribui para o personagem. As duas meninas atuam também muito bem, com Emma Stone se destacando principalmente pela beleza estonteante.
Zumbilândia pode não ser perfeito. Mas chega bem perto, pelo menos. Não é o filme de zumbi deste século - não tem o refinamento de tão alto nível como o de Shawn of the Dead sem dúvidas- mas nos ajuda a conceber a idéia de que os Zumbis são um ótimo tema, tanto para entreter de forma escapista quanto para encher os olhos de um crítico que goste de filmes com humor refinado e roteiro de ótimo gosto . Que venham mais!
5 Estrelas *****
Filmes de Zumbi são hoje em dia um sub-gênero formado : Tem uma grande variedade e tipos de criações, com um mestre sagrado responsável por sua criação : George A. Romero. Indo desde o terror concretizado até a comédia, poderia dizer que Zumbis são um gênero em si, e não um derivado. Os grandes responsáveis por isso são os vários diretores e roteiristas que fazem questão de inovar sempre a trama, criandos resultados finais brilhantes . Zumbilândia ,é , com certeza, uma das provas concretas de que os Zumbis estão bem vivos - e não erram nos seus filmes.
A história de Zumbilândia é bem simples, porém longe de simplória ou fuleira . Conta com vários recursos modernos e interativos para contar sua trama, e isso se encaixa muito bem, dando uma áurea muito mais original a um filme que podia ser vendido como diversão barata apenas. E ele está a quilômetros, muitos quilômetros de distância disto. Como todo o filme de zumbi, fala sobre um infestação de um vírus por todo o mundo, mas aqui o foco é nos EUA. Porém, diferente de um Madrugada do Mortos, remake de Zack Snyder do clássico antigo de Romero, Zumbilândia não vai ao drama de quem fica vivo e isolado, - o ponto dos filmes de Romero - mas procura um meio muito mais cômico e sacana de mostrar os zumbis. Desde as imagens até a refêrencia dos personagens que passam pela tela apenas segundos. Mas também não é como Shawn of The Dead, do inglês Edgar Wright . O clima de Shawn of the Dead é de comédia? Sim. Mas vai mais além, pois tem um ponto dramático maior e mais intenso. O mérito do filme de Ruben Fleischer não é superar a genial obra inglesa - até por que não supera - mas abordar de uma forma muito descarada esse tema.
Toda a técnica também contribui para essa didática animada e engraçada do filme . Os créditos iniciais são em câmera lentíssima de alta definição, e mostram cenas cotidianas do universo zumbi : Casamentos, Fugas com crianças e muito sangue e tripas balançando lentamente causando gargalhadas incontáveis na platéia. Fora isso, Fleischeir não faz muito além do normal.Dá pra falar que o estreante poderia ter feito mais . Sua maneira de contar histórias não é ruim. Não perde nada, utiliza cortes rápidos , mas não vai além da barreira do muito bom. Takes mais ousados não seria pedir demais, mas considerando que é seu primeiro trabalho, podemos dizer que está mais que perfeito. Toda a equipe por trás das câmeras também trabalha com louvor . A edição está perfeita, e a trilha sonora deixa o filme com um patamar cool como poucos.
Mas , falando a verdade, tudo isso citado acima está de certo modo ofuscado pelo marvilhoso roteiro da dupla Paul Wernick e Rhett Reese . A história aborda o nerd nominado apenas como Columbus (Jesse Eisenberg) que diz desde o principio que só conseguiu sobreviver ao mundo repleto de zumbis comedores de carne humana respeitando a suas regras. Tirada genial da espirituosa dupla. Toda a introdução mostra por que devemos respeita-las .E essas famigeradas regras são sensacionais. Básicas na sobrevivencia no mundo zumbi, e algumas já até conhecidas do público acostumado com filmes de zumbi. Depois disso, nos mostra como o protagonista conhece Tallahassee(Woody Harelson) um bad -ass que tem como dom matar zumbis. Se unem para seguir viagem adiante até o leste . Nesta viagem, acabam encontrando as irmãs Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), em situações peculiares , e elas se unem a dupla.
O roteiro estrutural é muito bem criado por sua simplicidade . O grupo que se forma está muito mais preocupado em matar zumbis e fugir deles com piadas inteligentes do que ter um drama mais aprimorado nas suas relações.Sobram maneiras interessantes de se explorar o tema :Usar armas exóticas(como um cortador de grama), roubar carros abandonados, esmigalhar zumbis e falar sobre isso sem pudor de pegar uma censura rated R . Junto a isso, temos a maneira genial de apresentar as situações engraçadas sob narração em off de Columbus. E o filme cria , de um modo nada forçado, seu próprio universo - O fato dos protagonistas se conhecerem apenas pelos nomes dos lugares aonde se destinam, não por seus nomes reais, para evitar a intimidade em demasia, sedimenta a situação psicológica que os vivos estão . Os títulos de morte de zumbi da semana e os vícios dos personagens só reafirmam isso - algo deveras bem elaborado. É preciso, claro, citar uma das passagens mais engraçada do filme : A parte em que aparece Bill Murray. É roteiro inteligente que nos faz pensar "Como nenhum cineasta não pensou nisso antes ?" É nessa passagem aliás, que se concentram as maiores referencias pop do filme.
E a construção de personagens ajuda bastante também. O personagem Columbus nos dá uma familiaridade enorma, e a identificação com ele é instântanea. O modo familiar vem provavelmente da semelhança com Michael Cera(quase gêmeo do protagonista), e seu modo nerd de ser . Talahasse também é carismático ao extremo, e a atuação majestral de Harelson só constribui para o personagem. As duas meninas atuam também muito bem, com Emma Stone se destacando principalmente pela beleza estonteante.
Zumbilândia pode não ser perfeito. Mas chega bem perto, pelo menos. Não é o filme de zumbi deste século - não tem o refinamento de tão alto nível como o de Shawn of the Dead sem dúvidas- mas nos ajuda a conceber a idéia de que os Zumbis são um ótimo tema, tanto para entreter de forma escapista quanto para encher os olhos de um crítico que goste de filmes com humor refinado e roteiro de ótimo gosto . Que venham mais!
5 Estrelas *****
discordo. os primeiros 15, 20 minutos são realmente 5 estrelas, 100%, impecáveis. depois o filme vai caindo bastante, até a parte do bill murray, que depois disso, não consegui esboçar um sorriso. Na minha opinião, os diretores poderiam explorar um pouco mais a trama e o humor inexistente em certas partes.
ResponderExcluirótima resenha, apesar de opiniões diferentes.