Old School Nerds

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Brüno

Sacha Baron Cohen e seu novo ícone.

Em 2006, um mockumentary(tipo de documentário em que tudo é falso) chamado Borat choca o mundo. Aquela forma irreverente de uma história de um repórter cazake que visita a América reescreveu a comédia como a conhecemos. Por trás daquelas piadas e situações engraçadas, havia um roteiro que criticava o famoso "american way of life". O tal Borat era um comediante inglês de médio sucesso chamado Sacha Baron Cohen.

Agora, três anos depois do choque mundial com o repórter, Sacha Baron Cohen nos apresenta Brüno, seu terceiro personagem adaptado pro cinema. Brüno é um gay austríaco fashion, de sucesso, que comanda um programa de moda. Em tudo quanto é festa, está Brüno na primeira fila para acompanhar. Mas aí começa seu declínio. Ele quer ir em busca da fama mundial de qualquer forma e por isso, vai para a América(e para outros cantos do mundo, depois) para fazer algo que o faça famoso.

Nessa busca pela fama, Brüno faz coisas abusrdas como adotar um bebê da África, chamar o candidato a presidência do Canadá para fazer um filme pornô, salvar países de conflitos e até mesmo virar hétero. Diferente de Borat, Brüno tem um objetivo mais coeso. Aqui, sua busca pela fama é o centro do filme. E tudo é bem captado pelas lentes nervosas e documentais de Larry Charles. Em um filme-documentário é difícil fazer uma avaliação técnica, ainda mais com as constantes sombras que Charles provoca para fazer o público pensar que tudo está sendo filmado, não acompanhado.

Mas um fator de destaque mesmo é a trilha sonora de Erran Baron Cohen. A sinfonia que mostra o declínio de Brüno, que sobe quando a tristeza do protagonista aparece, é fantástica e divertida. Outro trunfo de roteiro e trilha são as canções de Brüno, que ele canta no decorrer do filme. Seja pra ficar famoso ou pra resolver um combate de anos no Oriente Médio.

Como marca registrada dos filmes de Cohen, o legal é ver a reação do público perante aos absurdos. Tudo nem parece ensaiado e as reações bem reais de todos a Brüno são hilárias.

Num filme como esse, em que exige tudo de atuações e roteiro, ninguém faz feio. Baron Cohen está perfeito como sempre, atuando sem pudores e incrivelmente bem. Os coadjuvantes não fazem feio. O roteiro é impecável e é genuinamente engraçado. E quando um filme faz piadas racistas, sobre nazistas, anões e homossexuais e é engraçado, sem dúvida vale a pena ser conferido.

Que Cohen crie seu mais novo ícone e nos presenteie com outra aula de cinema.

***** 5 Estrelas

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