Del Toro volta ás origens da fantasia
Nos dias de hoje, onde a fantasia está meio mal das pernas com histórias destinadas apenas para o público infato-juvenil, com filmes como As Crónicas de Nárnia, ou Os Seis Signos do Anel da vida, precisavamos de algo que respeitassem as fantasias antigas, com elementos antigos da fantasia européia que eram muito distorcidos da sua idéia original. Um exemplo disso são as fadas, que são mostradas como criaturas belas, brilhosas, mas na fantasia original, eram criaturinhas foscas que se camuflavam de louva-deuses .
Em 2006, Guilermos del Toro, Criador da franquia de Hellboy no cinema, nos premia com uma obra fiél a fantasia original, assustadora, e por vezes com uma magia tão simples, que se parece muito mais crível com seu clima escuro do que o espetáculo colorido de filmes da Disney, por exemplo.
A história é de uma criança, a menina Ofélia, que adora contos de fadas e livros, e , no meio da guerra civil espanhola se mudacom sua mãe grávida para uma casa no interior, onde o seu padrasto, Capitão Vidal, está com sua equipe militar. Na chegada, ela acaba entrando num labirinto e lá dentro, encontra um fauno, que diz a ela que ela é uma princesa, e precisa realizar três provas para assumir seu lugar no Reino Subterrâneo de onde fugiu havia anos e havia retornado no corpo de Ofélia.
A princípio, a história seria fraca, uma aventura com final feliz e previsível. É nesse aspecto que Del Toro rompe com tudo que estava sendo feito, e coloca uma história adulta, com razão pela censura R que recebeu nos USA e os 16 anos no Brasil. Ele coloca duas tramas, aparentemente paralelas. Uma delas são os desafios e dramas de Ofélia. A outra é a guerrilha que ocorre entre os comunistas rebeldes e os militares coordenados pelo capitão. O que é extremamente diferenciado é o fato de Del Toro por vezes colocar a trama da guerrilha em primeiro plano , ao lugar da fantasia. E a fantasia que há é adulta,( tome como exemplo a magnitude do final)um aspecto que é tão raro que quase não me lembro de um outro exemplo a não ser esse filme.
Os efeitos visuais tem um ar diferente nesse filme. O CGI em si , não é muito bom, mas dá pra passar, principalmente pelo pouco orçamento. Porém algo que substitui em sua qualidade o CGI são os trejeitos de Doug Jones, O Fauno. A qualidade visual de seus gestos é ótima e junto com a ótima maquiagem, fazem esse filme ter um visual maravilhoso. Isso tudo registrado pela direção magistral, tranquila e uniforme de Del Toro, faz O Labirinto do Fauno sair sem erros.
***** 5 Estrelas
Voces estao muito bonzinhos..5 estrelas para o Labirinto do Fauno..incrivel, eu realmente nunca pensei que voces fariam uma coisa dessas. Sinceramente achei que voces fossem achar o filme uma droga. Incrivelmente o filme mostra uma velha-nova fantasia, que havia se esquecido ao longo do tempo e ocultada pelo Harry Potter... Censura R merecida pelas cenas fortes de violencia e na verdade o CGI nao e tao ruim quanto foi dito, muitos filmes sao feitos com muito menos orcamento e as vezes sao ate melhores.
ResponderExcluirBom trabalho Watchmakers, continuem assim, mas falta um pouco de colaboracao de outras pessoas! Para ajudarem na divulgacao!